COMPARTILHE ESSA PUBLICAÇÃO

Hábitos saudáveis estão conectados com a saúde mental e comer bem também é uma forma de prevenção

Hoje é uma data muito importante: 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. E desde 2015 acontece o Setembro Amarelo, uma campanha brasileira para trazer informações e conteúdos de conscientização e prevenção. Todos os anos, o suicídio aparece entre as 20 principais causas de morte no mundo – para pessoas de todas as idades. Só ele é responsável por mais de 800.000 mortes – o que equivale a um suicídio a cada 40 segundos. Toda vida perdida representa um parceiro, um filho, um pai, um amigo ou um colega de alguém e para cada suicídio, aproximadamente 135 pessoas sofrem intensamente. Para cada suicídio, 25 pessoas fazem uma tentativa e muitas mais pensam seriamente nele. Isso equivale a 108 milhões de pessoas por ano sendo profundamente afetadas pelo comportamento suicida.

Isso é um comportamento com determinantes multifatoriais, resultado de uma complexa interação de fatores psicológicos e biológicos – inclusive genéticos – culturais e até socioambientais. Dessa forma, deve ser considerado como o desfecho de uma série de fatores que se acumulam na história do indivíduo, não podendo ser considerado de forma causal e simplista apenas a determinados acontecimentos pontuais da vida do sujeito. É a consequência final de um processo.

São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo (…)

Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos: são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

E como os alimentos podem ajudar?

Nesse contexto, lembramos que a alimentação tem um papel fundamental por ser capaz de ajudar a modular a nossa saúde mental. Dentre os nutrientes que podem auxiliar na ansiedade temos: probióticos, triptofano, ômega 3, vitamina E, vitamina C, complexo B e magnésio.

  • Os probióticos são microrganismos vivos que proporcionam benefícios ao intestino e à saúde do indivíduo. O desequilíbrio na flora intestinal está associado a muitos problemas de saúde, incluindo distúrbios neuropsiquiátricos, como a ansiedade. Estes favorecem o aumento da disponibilidade de triptofano e da produção de serotonina. Principais fontes: Iogurtes, leite fermentado.
  • O triptofano é um aminoácido essencial que participa do processo de produção da serotonina. Fontes: Ovos, leite, carne, soja, cereais, batata inglesa, brócolis, couve-flor, berinjela, tomate, kiwi, banana, nozes, peixes e frutos do mar.
  • O ômega 3 é um ácido graxo que reduz as respostas inflamatórias do organismo, através da redução da produção de citocinas pró-inflamatórias. Fontes: Sardinha, atum, camarão, salmão, linguado, óleo de canola, linhaça e nozes.
  • A Vitamina C e a Vitamina E possuem propriedades antioxidantes que combatem os danos causados pelo estresse oxidativo. Fontes de Vitamina C: Acerola, goiaba, laranja, limão, brócolis e pimentão. Fontes de vitamina E: Óleo de germe de trigo e outros óleos vegetais, vegetais verdes, gema de ovo, carne e nozes.
  • As vitaminas do complexo B são essenciais para a produção e metabolismo da serotonina. Fontes: carnes, leite e ovos.
  • O Magnésio é um mineral essencial que participa do processo que converte o triptofano em serotonina. Fontes: vegetais verdes escuros, carnes, peixes, leite, cereais e oleaginosas.

Muito além de conhecer à si e buscar apoio na psicoterapia, uma rotina saudável, com a orientação de um nutricionista para uma boa alimentação, também é uma base de prevenção.

# Setembro Amarelo

Escrito por: Fernanda Bortoli e Fernanda Costa