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A alta incidência de obesidade e diabetes está diretamente relacionada a diversos fatores dentre estes destacamos os hábitos alimentares inadequados como, por exemplo, o consumo excessivo de carboidratos além das recomendações (pirâmide alimentar). No modismo dos inúmeros tipos de dietas, hoje tem se falado muito na dieta paleolítica ou “paleo” para evitar obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Esta consiste na base da alimentação dos nossos ancestrais. Nela ingerimos alguns alimentos específicos no qual obtemos o emagrecimento natural, de maneira saudável e sem esforços intensos. É composta de alimentos de caça e pesca, além de alimentos oriundos da plantação. Podemos dizer que a dieta paleolítica não é uma dieta e sim um estilo de vida. É a forma mais saudável de se alimentar porque é a única abordagem nutricional que funciona em conjunto com a genética humana. Também conhecida como dieta low carb paleo estudos mostram que ela tem revertido este cenário clínico em muitas pessoas, por, naturalmente, atuar de forma positiva nos mecanismos de regulação hormonal. A dieta low carb paleo consiste na eliminação dos alimentos processados e industrializados, principalmente os oriundos de grãos. Isso retira os carboidratos em excesso e os picos de insulina da rotina alimentar. Os carboidratos permitidos na dieta são naturais, não processados e ricos em fibras. São presentes, por exemplo, em frutas, hortaliças e algumas raízes. Cordain et al em 2002, estimou que a dieta paleolítica era constituída por 19-35% de proteína, 22-40% de hidratos de carbono e 28-58% de lipídios. A tabela abaixo mostra o perfil de nutrientes da dieta paleolítica comparada à dieta ocidental utilizada atualmente.

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Como qualquer tipo de dieta existem correntes a favor e contra. Apesar, de estudos como os de Jönsson et al 2009, Manheimer et al 2015 e Souza em 2014 mostrarem a vantagem deste tipo de dieta no emagrecimento, hipertensão e Diabete tipo 2 é preciso tomar cuidado por exemplo com o excesso de proteína ingerido na dieta paleolítica. Este excesso pode causar efeitos colaterais, como a retirada do cálcio dos ossos, a acidificação do sangue e uma sobrecarga nos rins. O limite indicado pela OMS é o consumo de no máximo 30% das nossas calorias diárias corresponder à proteína. Além disso, é preciso tomar cuidado com a carne escolhida. Os peixes são ótimas escolhas, por terem lipídios importantes para o nosso corpo, já as carnes vermelhas tem um índice alto de gordura saturada, dependendo do corte, e estudos relacionam seu consumo com o aumento da incidência de câncer. Neste sentido cabe aqui ressaltar que qualquer tipo de dieta deverá ser devidamente orientada e acompanhada por profissional especializado em nutrição, para avaliar seu quadro geral e poder prescrever o melhor plano alimentar que, de fato, trará resultados sem expor sua saúde a riscos.