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As Doenças Raras Autoimunes são de origem não genéticas e se caracterizam por distúrbios que levam o sistema imunológico a atacar o próprio corpo como se fosse um invasor externo. Ainda não está bem elucidado o que pode causar essa situação clínicas, mas é sabido que os sintomas variam conforme o tipo de doença e a parte do organismo afetado.  O diagnóstico nem sempre é rápido e fácil, sendo, em sua maioria, necessárias várias análises sanguíneas para detectar uma doença autoimune. 

Existem muitos tipos de doenças autoimunes e a sua prevalência vem aumentando ao longo dos anos. As mais comuns incluem o Diabetes Mellitus Tipo 1, Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), Artrite Reumatoide, Tireoidite de Hashimoto, Vasculite e Esclerose Múltipla.  O tratamento, evidentemente, depende do tipo de doença e, frequentemente, é conduzido com auxílio de fármacos que suprimem a atividade do sistema imunológico. Entretanto, terapias de apoio ou complementares são necessárias para aumentar a qualidade de vida do paciente.

Diabetes e a orientação alimentar

Dentre as doenças autoimunes podemos exemplificar, como conduta terapêutica múltipla o Diabetes Mellitus Tipo I (DM1), presente em 5% a 10% dos casos dessa doença, que nada mais é do que o resultado da destruição de células beta pancreáticas com consequente deficiência de insulina. Este ocorre habitualmente em crianças e adolescentes, contudo, pode ser encontrado também em adultos, geralmente de forma mais insidiosa. 

O principal objetivo do tratamento do DM1 é prevenir o aparecimento ou a progressão das complicações crônicas, como as microvasculares (retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética) e as macrovasculares (acidente vascular cerebral e doença arterial periférica), ao mesmo tempo minimizando os riscos das agudas, como a hipoglicemia severa.

A abordagem terapêutica envolve vários níveis de atuação, como a insulinoterapia, a aquisição de conhecimentos sobre a doença, a habilidade de auto aplicação da insulina e o automonitorização da glicemia, a manutenção da atividade física regular, o apoio psicossocial e a Orientação Alimentar.

Na Orientação alimentar do Diabetes é importante considerar um Plano Alimentar com um cardápio diário fracionado em 5 a 6 refeições, evitando ficar sem se alimentar por muitas horas além de não pular refeições; consumir, preferencialmente, uma única fonte de carboidrato por refeição, dando preferência aos integrais; Leite e Iogurtes sempre desnatados; Frutas com casca; Ingerir carnes brancas e evitar as mais gordurosas, dentre outras.

O monitoramento adequado deste tipo de paciente exige uma equipe multiprofissional especializada para garantir um bom prognóstico de sobrevida com qualidade para estes indivíduos. Assim como o Diabetes Mellitus Tipo I, outras doenças autoimunes relatadas acima também têm exigido muita atenção e cuidado do profissional nutricionista, por exemplo a Esclerose Múltipla, que vem crescendo ao longo dos anos, e quadros de comprometimento do estado nutricional são frequentes.

Você, médico ou nutricionista, tem encontrado casos de doenças raras autoimunes como o Diabetes Mellitus Tipo I? Conte-nos a sua experiência de tratamento do seu paciente e se houve alguma progressão ao implementar uma dieta personalizada e restrita a esses casos.