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Embora tenhamos hoje inúmeros desafios para as políticas de saúde pública, a obesidade infantil talvez seja uma das mais importantes e mais negligenciadas. Poucos anos atrás uma criança com “dobrinhas” ou “gordinha” era considerada saudável perante o senso comum. Sabemos hoje, no entanto, que a obesidade infantil é um problema em crescente ascensão no mundo inteiro e com sérias repercussões à saúde dessas crianças quando se tornam adultos.  

De maneira muito simplista e superficial, a obesidade é o resultado de um desequilíbrio energético, ou seja, há um consumo maior de calorias do que de fato o organismo necessita. Em geral, podemos citar alguns fatores como contribuintes para gênese da obesidade infantil como, por exemplo, hábitos alimentares não saudáveis, estilo de vida sedentário, questões relacionadas à genética ou hormônios, distúrbios psicológicos, dentre tantos outros. 

O tratamento da obesidade infantil deve ser encarado como algo multifatorial e ser tratado por equipe multiprofissional. Cabe ao nutricionista prover um planejamento individualizado, implementado muitas vezes de modo gradativo.  

De acordo com o Manual de orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria para a obesidade na infância a adolescência de 2019 as abordagens dietéticas incluem, incentivar consumo de 5 porções de frutas e vegetais diariamente, diminuir o consumo de alimentos com alta densidade calórica como gorduras saturadas, salgadinhos e alimentos com alto índice glicêmico, como doces, diminuir consumo de bebidas açucaradas e/ou com aromatizantes, diminuir o consumo de alimentos fora de casa, em particular fast-foods, fazer o desjejum todos os dias e não pular as refeições.  

A prática de atividades físicas e atividades recreativas também deve ser estimulada, e manter uma rotina diária é super importante.