Quando o assunto é melhora na performance de praticantes de atividade física, mais de 90% das pessoas acredita que faz-se necessária a inclusão de suplementos alimentares e acaba lançando mão dos mesmos por conta própria, sem nenhuma avaliação de profissional capacitado para tal. Observa-se uma supervalorização do consumo de proteína: muitos já consomem uma dose adequada na alimentação e ainda assim, fazem uso de suplementos proteicos e desconhecem que, em excesso, tal consumo pode inclusive prejudicar o objetivo final, já que para ser metabolizada, a proteína requer alta quantidade de energia, o que pode acarretar em estabilização ou até mesmo perda de massa magra. 

Outro ponto que observamos é o consumo exagerado de carboidratos por praticantes de endurance: muitas vezes na alimentação a dosagem ideal já é alcançada e, ainda assim, ocorre a inclusão de suplementos ricos em carboidratos para auxiliar no rendimento. Fatores determinantes considerados pelos profissionais como o tipo (rápida x lenta absorção), horário e intensidade da atividade praticada são esquecidos e o resultado final é que a performance permanece a mesma, podendo até mesmo ser reduzida. Como já citado, antes de definirmos as características da suplementação, é primordial avaliar a alimentação e ajustar possíveis equívocos para que o atleta ou praticante de atividade física tenha os resultados esperados de acordo com sua rotina, objetivo e tipo de atividade física/esporte praticado.

Portanto, o acompanhamento nutricional do atleta/praticante de atividade física realizado por profissional capacitado para tal, que priorize a alimentação de verdade e prescreva a suplementação apenas quando necessário é capaz de melhorar a performance/rendimento, na medida em que favorece o equilíbrio entre o valor energético total demandado para cada atividade e a recuperação muscular, possibilitando que as sessões de treinos sejam cumpridas de forma eficaz e sem prejuízos de desempenho.