Os seres humanos possuem dois rins localizados na região posterior do abdômen, que compõe o sistema excretor e osmorregulador, pois filtram e excretam substâncias nocivas ao organismo. Além disso, outras funções renais são: manter o equilíbrio de eletrólitos e o ph sanguíneo constante, atuar na produção de hormônios e controlar a pressão arterial.
A doença renal crônica é caracterizada pela diminuição lenta e progressiva da capacidade de filtrar os resíduos metabólicos do sangue. Tendo como principais causas a hipertensão, diabetes mellitus, pielonefrite e processos renais obstrutivos crônicos. De acordo com o estágio da doença, o tratamento pode ser conservador (sem hemodiálise) ou com hemodiálise. Tratamento este que consiste na remoção do líquidos e substâncias tóxicas do sangue, funcionando como um rim artificial.
A importância da alimentação
A alimentação é fundamental no tratamento desses pacientes independentemente do estágio, já que pode retardar a progressão da doença e diminuir os sintomas dos pacientes. Nos que estão em tratamento conservador, é importante dar uma atenção aos alimentos fontes de proteína como: carnes, ovos, leites e derivados. Eles não devem ser retirados totalmente da dieta, mas devem ser indicados a quantidade e qualidade da proteína a ser consumida, para que o estado nutricional do paciente não seja prejudicado. É recomendável a restrição de sal e, em alguns momentos, pode ocorrer restrição de alimentos que contenham teor elevado de potássio e fósforo.
Os ajustes na alimentação serão realizados de acordo com a progressão da doença, pois pode ser necessário fazer maior restrição de proteína. Até mesmo a utilização de uma suplementação, os cetoácidos, de acordo com a indicação e orientação do médico nefrologista, visto que pode funcionar como tentativa de retardar a progressão da doença.
Enquanto nos pacientes com doença renal em tratamento hemodialítico, a depleção nutricional está fortemente presente variando de 40% até 80% desses indivíduos. Logo, devemos estar atentos a oferta adequada de alguns nutrientes. Por exemplo: proteína de alto valor biológico para garantir principalmente a manutenção da massa muscular, já que ocorre perdas significativas durante o processo de hemodiálise; garantir o aporte adequado de carboidrato e lipídeos para que as proteínas não sejam utilizadas como fonte energética; a ingestão de sódio, potássio, fósforo deve ser controlada, pois podem ficar acumulados no sangue devido a dificuldade de eliminação podendo ocasionar fraqueza muscular, palpitação, entre outros sintomas.
Assim, podemos observar que o planejamento dietético de pacientes com doença renal crônica, seja em tratamento conservador ou hemodialítico, possui várias particularidades. O acompanhamento individualizado com um (a) Nutricionista é fundamental para garantir adequação do tratamento de forma eficaz, e manutenção/recuperação do estado nutricional e da massa magra.
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