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A COVID-19 tem afetado e provocado muitas mortes em quase todo o mundo, porém alguns grupos de pacientes apresentam maior risco para o surgimento dos sintomas mais graves da doença. Em Wuhan, na China, onde foi observado o início dos casos da doença, o fato de ter idade mais avançada em conjunto com doenças como hipertensão arterial sistêmica e diabetes foi um dos fatores importantes na morte de pacientes, segundo Dr. Zhibo Liu.

Os sintomas da doença são semelhantes aos de uma gripe e surgem entre 2 a 14 dias após a infecção, podendo causar pneumonia. Os principais indícios de gravidade são: febre, tosse e dificuldade para respirar. Aproximadamente 90% dos pacientes infectados terão apresentação clínica leve da doença, com recuperação sem necessidade de UTI; a maioria das pessoas contaminadas é assintomática ou apresenta sintomas mais brandos. 

A Sociedade Brasileira de Diabetes, em acordo com o Ministério da Saúde, informa que a transmissão do coronavírus se dá por contato próximo, de pessoa para pessoa, e costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, e contato com objetos ou superfícies contaminados, seguido de contato com boca, nariz ou olhos.

É importante ressaltar que o risco de complicações no indivíduo com diabetes bem controlado, independentemente do tipo, é menor. Portanto, procedimentos como o monitoramento da glicemia, o ajuste de medicações com orientação médica e a adequação da alimentação podem prevenir complicações não apenas dessa enfermidade, mas também do próprio diabetes.

Torna-se extremamente necessário que pacientes portadores de doenças crônicas se mantenham rigorosamente aderentes a dieta adequada, sono regular e atividade física (ainda que em ambiente domiciliar), evitando a exposição ao fumo e a bebidas alcoólicas. A seguir, listamos algumas dicas de nutrição para pacientes hipertensos e diabéticos:

  • Retirar o saleiro da mesa e reduzir a quantidade de sal no preparo das refeições;
  • Procurar substituir o sal da salada por gotas de limão;
  • Não consumir embutidos, enlatados, conservas e produtos industrializados, pois esses alimentos geralmente são ricos em sódio, provocando o aumento da pressão arterial;
  • Não utilizar temperos ou condimentos prontos, como: caldos de carne, realçador de sabor, molho inglês, shoyu. Dar preferência a temperos naturais, como: alho, cebola, manjericão, alecrim, hortelã, pimenta, salsinha, cebolinha, coentro, entre outros;
  • Hidratar-se bem, ingerindo em torno de 2 litros de água diariamente;
  • Evitar frituras, dando preferência ao consumo de alimentos cozidos, assados e grelhados;
  • Evitar o consumo de refrigerantes, sucos concentrados, em pó e industrializados, bebidas alcoólicas e isotônicas;
  • Dar preferência ao consumo de carnes magras, como: frango sem pele e peixe;
  • Criar o hábito de ler sempre os rótulos das embalagens, inclusive de adoçantes, pois podem conter sódio (sacarina sódica/ciclamato de sódio). 
  • Manter o peso adequado;
  • Pacientes diabéticos não devem ficar por longo período sem se alimentar, caso contrário, pode provocar hipoglicemia. Realizar em torno de 5 a 6 refeições por dia;
  • Sempre que possível, consumir as frutas com casca e bagaço. 
  • Consumir alimentos ricos em fibras, como: aveia, linhaça e farelo de trigo;
  • Substituir o pão e as massas de farinha branca por pães e massas produzidos com farinha integral.

Aproveitamos para relembrar as medidas preventivas contra o coronavírus: 

  • Evitar o contato próximo com pessoas – manter distância de pelo menos 1 metro;
  • Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, especialmente após contato com o meio ambiente; 
  • Utilizar lenço descartável para a higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Limpar e higienizar objetos e superfícies tocados com frequência;
  • Evitar aglomerações.

Já temos informações suficientes para afirmar que não dar importância para as recomendações, agindo de forma contrária ao que as autoridades e os responsáveis da saúde têm pedido à população, só tem aumentado o número de pessoas infectadas e de mortes de pacientes. Os países com maiores medidas de isolamento social têm apresentado queda nos casos de infecção e mortes pela doença. O cuidado e a obediência às recomendações ajudarão a poupar não só a sua vida, mas em especial a daqueles que amamos, como pais, avós e amigos que estejam dentro dos grupos de maior risco.

Escrito por: Viviane Vila Chã