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Assim como em qualquer outra condição clínica, crianças com Transtorno do Espectro Autista necessitam de acompanhamento nutricional individualizado e especializado

Você sabia que o transtorno do espectro autista (TEA) de modo geral apresenta-se antes do 3º ano de vida? O espectro autista caracteriza-se normalmente pela dificuldade na comunicação e na socialização, padrões comportamentais repetitivos e interesses restritos e pode ser percebida no período infantil. Em virtude de se tratar de um espectro, o TEA compreende diversos tipos diferentes de quadro, variando de mais leves aos mais graves com prejuízo cognitivo. Tais padrões repetitivos do autismo podem refletir-se nos hábitos de alimentação infantil, também afetando a nutrição da criança.

Continue a leitura para saber mais sobre. Nós preparamos um conteúdo especial para te ajudar!

Como os padrões do espectro autista influenciam na alimentação e nutrição da criança?

Explicamos que a aversão das crianças autistas pode ser a certos tipos de texturas, cores, formato ou mesmo o cheiro, assim como associar seu consumo a determinadas rotinas. A recusa e/ou seletividade alimentar além de causar grande frustação nos pais, cuidadores e ainda representa grande probabilidade de prejuízos nutricionais.

As crianças com TEA podem também apresentar sintomas gastrointestinais recorrentes como: refluxo gastroesofágico, dor abdominal, diarreia, flatulência, intolerância alimentar, entre outros. Para o segmento nutricional é necessário estabelecer as base de acompanhamento em quatro áreas: desequilíbrio imunológico, anormalidades metabólicas com problemas com a desintoxicação, inflamação intestinal e sintomas gastrointestinais.

A teoria etiológica mais explorada atualmente é que se trata de uma doença genética, agravada ou desencadeada por fatores diversos como: intoxicações ambientais, vacinas, alimentos alergênicos, alterações no microbioma intestinal, infecções e alterações da imunidade. Uma alteração na permeabilidade intestinal é apontada como responsável por anormalidades comportamentais, reforçando a hipótese da etiologia do transtorno estar diretamente relacionada a fatores nutricionais e metabólicos que podem acionar mecanismos de predisposição genética.

E como manter a alimentação da criança saudável?

Apesar de ainda serem necessário mais estudos conclusivos, pesquisas sugerem que dietas restritas em glúten (presente em geral no trigo, aveia, cevada e centeio) e da caseína (presente do leite e seus derivados), assim como a suplementação de prebióticos e probióticos poderiam, dentre outras estratégias nutricionais, ser eficazes na melhora dos sintomas comportamentais e gastrointestinais.

Para uma dieta saudável da criança com autismo, recomendamos o apoio de um profissional para orientar e acompanhar a sua alimentação e analisar sua nutrição. Procure um profissional capacitado para ajustes personalizados.